The Most Beautiful Woman in All of Egypt
/Capítulo 5
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Os Deuses Exigem Sacrifício
Apr 2, 2025
Laila esperava o caos.
Uma multidão, selvagem de raiva. Um tumulto, alimentado pela fome e pelo medo. Outra crise, algum novo terror esperando para se desenrolar nas ruas de Mênfis.
Ela não esperava isso.
Milhares de pessoas haviam se reunido diante do palácio, estendendo-se até onde a vista alcançava. O pulso da cidade batia lento e pesado, o ar denso com incenso e calor.
Alguns seguravam amuletos dourados, pulseiras e talismãs oferecidos com mãos trêmulas. Outros traziam flores de lótus, pétalas delicadas murchando em suas palmas.
Mas a maioria havia caído de joelhos.
Suas testas pressionadas contra o chão.
Seus lábios movendo-se em sussurros, não para os deuses—mas para ela.
Um arrepio percorreu a espinha de Laila, embora a noite estivesse quente.
Os sacerdotes estavam nos degraus do templo, vestes ondulando, braços erguidos aos céus, suas vozes ecoando sobre os murmúrios do povo.
"Laila, Filha do Sol, proteja-nos."
"Laila, Divina de Sangue e Fogo, ouça-nos."
"Laila, nossa deusa, salve-nos."
Ela já havia sido adorada antes. Poetas haviam escrito sobre sua graça, escultores haviam entalhado sua beleza nas paredes dos templos, sacerdotes haviam falado dela como a própria filha de Hathor.
Mas isso era diferente.
Isso era desespero.
O chão sob seus pés parecia instável, como se as próprias pedras do palácio tremessem com o peso do momento.
E então—
O ar mudou.
O mundo ficou desfocado nas bordas, como se o próprio céu tivesse ficado pesado demais. Sua visão inclinou. De repente, ela viu. Corpos. Empilhados nas ruas, membros emaranhados, olhos sem vida. O fedor da decomposição, denso como névoa, subindo no calor. O Nilo correndo negro, não mais o doador da vida, mas um rio de morte. A terra rachada e seca, um reino morrendo sob um sol que se voltara contra eles.
A capital em chamas.
Mênfis—uma cidade de cinzas e ruínas.
Uma visão. Um aviso.
Era isso que os aguardava.
Era isso que aconteceria se ela recusasse.
Os dedos de Laila apertaram o corrimão da sacada, sua respiração curta, irregular.
O mundo retornou num ímpeto—os cânticos, a luz das tochas, os milhares de olhos que a viam como sua salvação.
A verdade se assentou em seu peito, pesada como pedra.
Os deuses haviam falado.
Laila não se curvou. Ela não chorou.
Ela se voltou para o povo, para o pai que a enviara para ser sacrificada, para a rainha que a observava com a paciência de uma serpente, esperando que ela se ajoelhasse.
Em vez disso, ela ergueu o queixo.
E declarou seu destino.
"Eu irei até eles," disse Laila, sua voz cortando a noite como uma lâmina.
A multidão silenciou. Seu pai exalou como se estivesse prendendo a respiração por vidas inteiras. Nefirah sorriu. Mas Laila não estava olhando para eles.
Seu olhar permaneceu nos milhares abaixo.
"Eu salvarei o Egito."
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